domingo, 15 de novembro de 2009

Palestra sobre América Latina tem ampla participação do turno da noite no Estadual Central


A América Latina é um dos continentes mais produtivos e, no entanto, sua população é uma das mais pobres do mundo. De onde vem a força que planta, colhe e produz tudo o que se vende no continente? Como a consciência da população tem avançado? Quais os avanços e regressos na saúde, educação e trabalho que os países obtiveram? Daí a importância de se debater sobre a situação atual da América Latina.

Em parceria com o Sindifisco-MG (Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais), o Grêmio do Estadual Central organizou uma palestra com Lídia Guevara e Luís Antônio Bernardes, que aconteceu no auditório da Unidade 1, às 19h do dia 3 de novembro.

Lídia Guevara, que é jurista cubana, e também secretária-geral da Sociedade Cubana de Juristas e da Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistas (Alal), mostrou e comentou dados como nível de alfabetização, emprego e moradia da população do continente. Constata-se que na América Latina apenas três países são livres do analfabetismo: Cuba, Venezuela e Bolívia. Para nossa surpresa, o Brasil é o país que tem o maior número de analfabetos, apesar de alguns avanços. Luís Antonio Bernardes, ex-estudante do Estadual Central, que foi preso pela ditadura militar, falou com maior especificidade no nosso país, falando também sobre a situação política do Brasil na década de 60.

Essa iniciativa atingiu a meta de englobar também os estudantes do turno da noite, que foram liberados para que pudessem participar da palestra. “Os estudantes da noite sempre são os mais excluídos quando se fala em atividades políticas e culturais nas escolas, está na hora de mudarmos isso. Dessa vez a aula deixou de ser dada dentro de sala, para ser dada no auditório”, diz Júlia Raffo, vice-presidente do Grêmio. E rendeu bons frutos: Os estudantes da noite tiveram ampla participação, fazendo perguntas e comentários sobre o assunto. A maioria das perguntas direcionadas à Lídia Guevara eram relacionadas à situação em Cuba, e foram respondidas com clareza. “Se não se pode sair de Cuba, que faço eu aqui?” Segundo Lídia, o problema é que as grandes potências capitalistas fecham as portas para a comunicação em Cuba. Para se fazer uma viagem a um país desenvolvido da Europa, por exemplo, o país que se vai visitar cobra taxas abusivas, que muitas vezes não se pode pagar.

O Grêmio tem planos para realizar mais palestras e debates, promovendo cada vez mais a participação de todos os estudantes, englobando todos os turnos.

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